Entre os 48 cabeças de chave que só entram na segunda fase, estão cinco surfistas que participaram da etapa do WCT iniciada no fim de semana em Portugal. Como já perderam nas primeiras fases, vai dar tempo de eles chegarem na Bahia para disputar os 6.000 pontos do Mahalo Surf Eco Festival. As principais atrações são dois tops da elite deste ano, o potiguar Jadson André e o neozelandês Ricardo Christie. Os outros que competiram em Cascais são o espanhol Aritz Aranburu, o catarinense Tomas Hermes e uma das novidades na "seleção brasileira" do WCT em 2016, Caio Ibelli, que fez uma bateria sensacional no domingo contra o campeão mundial Gabriel Medina em Supertubos.
Outro brasileiro que também já está confirmado na elite dos top-34 da World Surf League, entre os dez indicados pelo ranking do Qualifying Series, é o paulista Alex Ribeiro, que vai defender o título do Mahalo Surf Eco Festival conquistado no ano passado em Itacaré. Os dois estão escalados como cabeças de chave junto com os dois baianos convidados para entrar na segunda fase, já com uma premiação mínima de 450 dólares garantida. Caio Ibelli está na primeira bateria com Iago Silva e Alex Ribeiro na 24.a e última com Yagê Araujo.
"Itacaré é um lugar que eu gosto bastante, consegui vencer lá no ano passado, tenho total sintonia com o pico, adoro surfar na Praia da Tiririca e espero conseguir mais um bom resultado", disse Alex Ribeiro. "Já tenho minha classificação para o WCT garantida, mas estou em busca do título de campeão do QS, que vai ser importante para mim. No ano passado eu praticamente confirmei o título sul-americano com a vitória nesse evento, na final contra o Michael Rodrigues (CE). Foi muito legal essa conquista pra minha carreira e estou super feliz por voltar a Itacaré".
BAIANO CAMPEÃO - O Mahalo Surf Eco Festival será a última etapa de 6.000 pontos do ano e pode decidir vagas para o WCT nessa semana em Itacaré. O cearense Michael Rodrigues é o brasileiro mais próximo do G-10 do WSL Qualifying Series, em 15.o lugar no ranking que no momento está classificando até o 13.o colocado, o francês Maxime Huscenot. Quem também pode entrar na briga direta pelas últimas vagas com um bom resultado na Praia da Tiririca é Bino Lopes. Ele é patrocinado pela Mahalo e foi o único baiano a vencer o Surf Eco Festival, em 2011 quando o evento acontecia na Praia de Jaguaribe, em Salvador. Bino é um dos cabeças de chave da 22.a bateria da segunda fase e está ansioso para competir em casa.
"Eu tenho boas lembranças de Itacaré, já consegui ganhar eventos lá e conheço bem aquelas ondas da Tiririca. É um lugar que eu gosto muito e frequento desde pequeno, então só espero fazer meu trabalho direitinho e surfar bem lá", disse Bino Lopes, durante a etapa catarinense que abriu a "perna brasileira" em Florianópolis. "Eu vou estar com toda minha família, meus amigos e quero representar bem a marca que me patrocina e o evento também. Eu tive a felicidade de já vencer esse evento em 2011. A final foi com o Michael Rodrigues e o mar estava storm, com altas ondas, então tomara que dessa vez seja dessa forma também. O campeonato agora ficou mais importante, era 4 estrelas no ano passado e subiu para 6 estrelas, QS 6000, então vai ser bom porque quero subir no ranking pra conquistar uma vaga lá na elite. Esse é o objetivo".
24 PAÍSES EM ITACARÉ - Diferente dos 48 cabeças de chave que só competem a partir da segunda fase, os outros 96 participantes já entram nas 24 baterias da rodada inicial. O baiano Bruno Galini está escalado na primeira bateria do Mahalo Surf Eco Festival, com o cearense Messias Felix, o australiano Perth Standlick e o português Tomas Fernandes. Os confrontos internacionais vão continuar acontecendo desde o primeiro dia, pois 24 nações estarão representadas na oitava edição da etapa baiana realizada pela Dendê Produções.
Os estrangeiros são maioria com 101 inscritos, contra 43 brasileiros. Dos outros países, os maiores pelotões são da Austrália com vinte surfistas e os Estados Unidos com dezoito. A França e o Havaí terão oito participantes cada, depois vem Portugal com seis, África do Sul e Japão com cinco, Espanha e Costa Rica com quatro, Argentina e Guadalupe com três, com dois a Nova Zelândia, Taiti, Ilha Reunião, Chile e Peru e com um a Itália, Indonésia, Marrocos, São Bartolomeu, Porto Rico, Venezuela e Uruguai.
O Mahalo Surf Eco Festival é realizado pela Dendê Produções com patrocínio da marca Mahalo, Prefeitura Municipal de Itacaré, Pousada Ecoporan, Secretaria de Turismo do Governo do Estado da Bahia, TV Santa Cruz e Skol. A etapa do QS 6000 sancionada pela WSL South America com premiação de 150 mil dólares, vale 6.000 pontos para o ranking mundial do WSL Qualifying Series e será transmitida ao vivo pelo www.worldsurfleague.com
ENERGIA SOLAR - Sempre com a filosofia de promover um grande festival reunindo surfe e música, mas com preocupação ecológica de preservação da Natureza, a Dendê Produções inovou mais uma vez no ano passado ao realizar o primeiro evento de surfe do mundo utilizando energia solar captada no próprio local da competição. A iniciativa será repetida esse ano no QS 6000 Mahalo Surf Eco Festival, que contará novamente com várias atividades e palestras para o público durante os dias do campeonato na Praia da Tiririca.
FESTIVAL DE MÚSICA: Já é tradição. Desde a estreia do Surf Eco Festival em 2008, ele é encerrado com um grande festival de música.
A semana segue agitada com os eventos promovidos pelos patrocinadores nos diversos espaços da cidade e até na Praia da Tiririca, com o Eco Sunset rolando até as 19h00 com um DJ animando o pôr do Sol a cada dia após a competição, com setlist animado na área VIP da arena do evento para convidados e competidores.
No sábado, 31 de outubro, começam os shows no KM 06, a partir das 20 horas, com atrações de peso da música local e nacional, como Baiana System, Ponto de Equilíbrio, Seu Jorge, além do SPACE DJ ao vivo. E no domingo, depois do campeão do Mahalo Surf Eco Festival ser coroado na Praia da Tiririca, também no KM 06 subirão ao palco as bandas Cidade Negra, Nando Reis, Legião Urbana e com SPACE DJ ao vivo novamente.
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE - a World Surf League (WSL) organiza as competições anuais de surfe profissional e as transmissões ao vivo de cada etapa pelo worldsurfleague.com, com todo o drama e aventura do surfe competitivo em qualquer lugar e na hora que acontecer. As sanções da WSL são para os circuitos: World Surf League Championship Tour (CT), que define os campeões mundiais da temporada, Qualifying Series (QS), Big Wave Tour, Longboard e Pro Junior. A organização da WSL está sediada em Santa Monica, Califórnia, com escritório comercial em Nova York, além de sete escritórios regionais de apoio na organização dos eventos, na América do Norte, Havaí, América do Sul, Europa, Austrália, África e Ásia.