Itacaré é uma das cidades sul baianas mais privilegiadas com belezas naturais. Praias, rios e a Mata Atlântica preservada são os ingredientes principais que encantam visitantes de todas as partes do mundo. A alegria do povo hospitaleiro deixa a cidade ainda mais aconchegante. Apesar de sua estrutura remeter à vila de pescadores que a originou, Itacaré oferece alternativas de diversões para público variado, dos que buscam sossego ao agito.
A grande diversidade de praias deixa o banhista em dúvida sobre qual visitar. Os aventureiros podem descobrir algumas mais desertas percorrendo trilhas incrustadas na Mata. Algumas praias, com ondas fortes, favorecem a prática do surf e entre as mais procuradas pelos surfistas estão a Tiririca e Engenhoca. Mas quem apenas quer se refrescar no mar sem grandes emoções não fica desapontado. São inúmeras praias com marolas calmas e infraestrutura de bar e restaurante. A mais próxima do Centro de Itacaré é a praia da Concha.
O município ocupa uma área total de 730 km2. De acordo com o censo do IBGE realizado em 2008, Itacaré tem uma população estimada de 26.348 habitantes. Pouco menos da metade está na zona rural do município, que tem Taboquinhas como seu maior distrito, localizado a 26 km da sede do município. O local é famoso por ter as melhores corredeiras para a prática do rafting e outros esportes radicais, além da tradicional moqueca de curuca, um pequeno crustáceo semelhante ao camarão.
O município ainda possui comunidades remanescentes de quilombos. Fojo, Água Vermelha, João Rodrigues, Santo Amaro, Cuiúdos, Serra de Água, Oitizeiro, Os Tanques, Socó e Acaris estão localizadas na zona rural de Itacaré. E, na zona urbana, o bairro Porto de Trás também é considerado um dos últimos quilombos urbanos na Bahia.
Itacaré teve origem em uma aldeia de índios que vivia da caça, pesca e agricultura de subsistência. A colonização portuguesa foi iniciada por volta de 1530, com a criação das capitanias hereditárias. Em 1720, o Jesuíta Luis da Grã ergueu a capela de São Miguel, batizando a comunidade com o nome de São Miguel da Barra do Rio de Contas.
A Igreja Matriz e a Casa dos Jesuítas integram os principais monumentos históricos de Itacaré. Durante o período de colonização, os portugueses e jesuítas sofriam ataques constantes dos indígenas. Por isso os padres construíram um túnel ligando a Igreja e a Casa dos Jesuítas, por onde fugiam das perseguições.
O povoado foi elevado a município em 26 de janeiro de 1732, através da Dona Maria Athaíde e Castro, a Condessa do Resende, donatária da capitania de Ilhéus. O primeiro Prefeito Municipal foi Joaquim Vieira dos Santos, entre os anos de 1890 e 1893.
O significado da palavra Itacaré ainda causa dúvidas. Para alguns, quer dizer “Pedra Redonda”, enquanto outros acham que é “Pedra Bonita”. De acordo com uma pesquisa junto à Biblioteca Central da Universidade Federal da Bahia, a palavra Itacaré é formada por: “itacá” (rio ruidoso) e “ré” (diferente). Assim, Itacaré significaria “rio de ruído diferente”.
Entre 1890 e 1940, a base econômica de Itacaré era a produção de cacau e seu porto era um dos principais pontos de escoamento da produção agrícola do estado. Mas o porto assoreou, deixando a cidade isolada porque as estradas eram muito ruins. Nos anos 1980, com a vassoura de bruxa, houve um processo de declínio e empobrecimento. Com a estrada-parque (BA-001), inaugurada em 1998, o turismo se transformou na nova fonte de renda do município.
